De
muitas maneiras pode se comparar o corpo humano como uma máquina, tal
como um carro. A máquina converte uma forma de energia em outra na
execução de um trabalho. Do mesmo modo, uma pessoa converte energia
química em mecânica no processo de andar, correr, saltar dançar, jogar
bola.
Ela pode, como uma máquina, aumentar a intensidade da
ação pelo acréscimo da proporção de energia que é convertida de uma
forma para outra. Assim ela anda mais rápido pelo aumento do metabolismo
e pela velocidade de ação dos combustíveis, que dão mais energia para o
trabalho muscular.
Em suas raízes, todas as atividades físicas são baseadas na bioenergética que controla e limita o rendimento nessas atividades.
Quando o corpo se movimenta, muitos processos
fisiológicos e psicológicos ocorrem simultaneamente. Por exemplo, quando
alguém corre aumenta a contrabilidade e a freqüência dos batimentos do
coração; o metabolismo é aumentado; os hormônios são mobilizados; a
temperatura corporal é elevada.
Neste sentido, o corpo é uma máquina, afinal, ele é
formado por mais de mais de 10 bilhões de células; o esqueleto com mais
de 200 ossos que servem de suporte para mais de 600 músculos, comandados
por cerca de 11 quilômetros de fibras nervosas e irrigados por mais de
96 milhões de vasos sangüíneos.
Nosso coração bombeia quase 6.000 litros de sangue a
cada dia; os olhos têm cerca de 100 milhões de receptores, os ouvidos
contêm mais de 24 mil fibras. Milhares de reações químicas estão
acontecendo a cada instante. Ao lado desse fabuloso aparato biológico,
existe o cérebro que é capaz de pensar numa velocidade de 800 palavras
por minuto; capaz de lembrar eventos do passado como se eles estivessem
acontecendo hoje; e capaz de prever eventos que nunca aconteceram, como
se eles estivessem realmente acontecendo.
Embora o corpo possa ser comparado com uma máquina,
seria muito simples (e até desumano) considerá-lo somente isso. Ao
contrário das máquinas, o corpo tem uma tremenda capacidade de se
adaptar aos estresses físicos e com isso melhorar suas funções.
O funcionamento do corpo é mantido por um equilíbrio
dinâmico que necessita de atividades para funcionar normalmente. O
rompimento do frágil equilíbrio dentro do corpo, causado, por exemplo,
por hábitos alimentares errôneos ou deficientes; por padrões de
pensamentos negativos; pela vida sedentária, pode resultar (e
freqüentemente resulta) em doenças, discordâncias e desordens
emocionais.
Numa sociedade caracterizada por "apertar botões", as
tendências modernas, a mecanização, as ocupações sedentárias e o uso
generalizado de utensílios domésticos, levaram a uma exigência diminuída
da atividade física particularmente no trabalho. Ao mesmo tempo há um
aumento espantoso de doenças cardiovasculares.
Os estudos têm mostrado que o risco de doenças
cardiovasculares é aumentado por falta de atividade física satisfatória.
A atividade física, principalmente o exercício, o esporte, aumenta o
rendimento físico das pessoas. Este aumento está associado com uma
melhora na eficiência funcional de todas as células do nosso corpo. Essa
eficiência funcional, chamada de APTIDÃO FÍSICA, é geralmente vista
como um atributo desejável e positivo para a saúde.
A atividade física é uma parte integral e complexa do
comportamento humano, envolvendo componentes culturais,
sócio-econômicos, psicológicos e é dependente de vários fatores como o
tipo de trabalho, tipo físico, personalidade, quantidade de tempo livre,
possibilidade de acesso a locais e instalações esportivas, etc.
A capacidade de rendimento do nosso corpo muda continuamente durante a vida.
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